O Spotify está prestes a implementar mudanças significativas em seu modelo de pagamento de royalties, planejando transferir US$1 bilhão em pagamentos para “artistas ativos” nos próximos cinco anos. Essa decisão é uma resposta a desafios como a fraude em streaming e a necessidade de recompensar melhor os músicos que trabalham duro.
Três Mudanças Principais:
1 – Introdução de um Limite Mínimo de Streams: Atualmente, qualquer reprodução no Spotify com mais de 30 segundos gera um pagamento de royalties. A partir de 2024, cada faixa no Spotify terá que atingir um número mínimo de streams anuais para começar a gerar royalties. Isso visa desmonetizar músicas pouco populares que atualmente ganham menos de cinco centavos por mês. A mudança se concentra em uma pequena parcela de faixas que somam milhões de dólares em royalties anualmente.
2 – Punição Financeira para Distribuidores de Música: O Spotify planeja penalizar financeiramente os distribuidores de música, incluindo gravadoras, quando atividades fraudulentas são detectadas em faixas que eles enviaram ao serviço. Isso cria um incentivo para impedir a fraude e proteger os artistas e detentores de direitos legítimos.
3 – Tempo Mínimo para Faixas de “Ruído”: Para faixas de “ruído” não musicais, como sons brancos, binaurais, etc., o Spotify pretende estabelecer um tempo mínimo para que uma faixa gere royalties. Isso visa evitar abusos, como a divisão de playlists em faixas de 31 segundos para aumentar os pagamentos. Com a nova regra, menos dinheiro será direcionado a essas faixas, beneficiando a música convencional.
Comparação com a Abordagem de Deezer:
O Spotify não é o único serviço de streaming a buscar uma mudança significativa. Deezer e a Universal Music Group também estão experimentando um modelo “centrado no artista”, embora com algumas diferenças notáveis.
Conclusão:
O Spotify está empenhado em direcionar mais royalties para os artistas ativos, combatendo fraudes e redistribuindo pagamentos de maneira mais justa. Suas mudanças, que incluem um limiar mínimo de streams, penalidades financeiras para distribuidores e um tempo mínimo para faixas de “ruído”, visam tornar o ecossistema de streaming mais equitativo. No entanto, a reação dos detentores de direitos e distribuidores será um ponto importante a observar à medida que essas mudanças se aproximam.
Fonte da Matéria: musicbusinessworldwide