O BRASIL INTEGRA PELA PRIMEIRA VEZ O TOP 10 DAS ARRECADAÇÕES MUNDIAIS*
Em seu Relatório Anual de 2018, que traz dados relativos a 2017, a CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores) divulgou que o Brasil fez sua entrada no bloco dos dez países com as maiores arrecadações de direitos autorais no mundo. O Brasil ocupa o 8° lugar do ranking, tendo obtido uma arrecadação de 253 milhões de euros, equivalente a 2,6% do total mundial, ficando à frente do Canadá e dos Países Baixos (Holanda e Bélgica), que tradicionalmente têm forte presença econômica no mercado da música.
Cabe dizer que, entre os top ten, foi o Brasil que teve o maior crescimento (38,9%) anual de arrecadação, ficando muito acima dos dois seguidores mais próximos da lista, a Austrália (14,6%) e a Alemanha (13,9%).
Sem deixar de reconhecer os esforços e o mérito do ECAD e das associações brasileiras para que esse avanço ocorresse, não há como desconsiderar que os números que atingimos em 2017 decorreram em grande parte do êxito nas cobranças judiciais e nos acordos feitos junto a grandes usuários que estavam inadimplentes. Mas não podemos contar que isso agora vá se repetir a cada ano, o que não seria saudável para nossa atividade.
Temos é de multiplicar esforços para que permaneçamos no top ten da CISAC por nossos próprios méritos em fazer nossa arrecadação crescer. Para isso, temos não só de lutar contra a inadimplência dos muitos usuários caloteiros que agem impunemente às vistas do Estado, como também implantar novas formas de remuneração de nossos direitos, entre as quais a compensação pela cópia privada, hoje uma realidade em muitos países do mundo – e que deve ser um dos próximos e principais capítulos de nossa luta.