Adeus ao “Gênio da Batucada”
Baterista completo e percussionista altamente criativo, com o falecimento de Jadir de Castro a música popular brasileira perde um de seus maiores inventores. Pesquisador incansável dos ritmos de origem afro, o músico dedicou-se inclusive à criação de instrumentos que possibilitassem o aprofundamento de suas pesquisas.

Na década seguinte, no Brasil, gravou com artistas como João Gilberto e Tom Jobim; e, no âmbito dos estúdios de gravação, criou estilos e bossas, por ele batizados como “samba fantástico”, “samba cruzado”, “samba batucada”, “baião com bateria” e “jazz forró”. A parti daí, lançou LPs como “Jadir no Samba”, “Gênio da Batucada”, “Samba internacional (Jadir de Castro e Seus Poliglotas Rítmicos)”, “Batucada nº. 2 (Jadir de Castro e Seus Poliglotas Rítmicos e Escola de Samba da Cidade)”, e “E agora: Camutéo”! – A nova dança! – Jadir de Castro e Seu Ritmo”.
Em 2000, gravou um CD, produzido por Arnaldo De Souteiro em cujo repertório destacam-se as regravações de seus clássicos “Nega sem sandália” e “Ziriguidum”, além das inéditas “Sem palhaçada” e “No tempo do chá”, entre outras. Um ano depois lançou o DVD “Jadir de Castro – Gênio da Batucada” e o livro “Ciências rítmicas e memórias”, contando sua trajetória e trazendo também partituras explicativas de como explorar melhor os sons percussivos.
Também autor de sucessos, como “Samba do telecoteco”, imortalizado na voz de Jackson do Pandeiro, e “Pour Quoi?”, (“Essa nega sem sandália quer sambar”…), em parceria com o também internacional Caco Velho, Jadir de Castro, falecido no último dia 14 de julho em Cabo Frio, RJ, onde residia, integrava o quadro social da AMAR desde 1982.
Nossos sentimentos.

