Estudo feito por pesquisadores do MIT publicado na revista Science (edição nº 359 de 23/03/2018) concluiu que, hoje, no mundo digital as notícias falsas se espalham muito mais rapidamente que os fatos verdadeiros. E quando se trata de política, a difusão é ainda mais intensa. A explicação, segundo os pesquisadores, é que novidades atraem mais a atenção humana; e isto porque o fato novo, supostamente atualizador do entendimento do mundo, contribuiria mais efetivamente para a tomada de decisões, encorajando o compartilhamento.
Segundo a consultoria Trend Micro (www.trendmicro.com.br), por 2,6 mil dólares é possível, em um mês, criar uma “celebridade” com mais de 300 mil seguidores, utilizando robôs e perfis falsos. Manipular a opinião pública, segundo essa empresa, custa aproximadamente 200 mil dólares, mais os “custos com a organização do protesto”, com uma campanha envolvendo criação e disseminação de conteúdo falso por meio de redes sociais.
A onda chega agora até nós com a notícia, de domínio geral, segundo qual uma empresa transnacional de marketing que coleta e analisa dados para campanhas políticas, teve acesso aos dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook. E conseguiu isto comprando informações publicadas nessa rede de relacionamentos.
Ainda mais perto, no conturbado cenário político e social do Brasil de agora, publicação em certo site de opinião política desencadeia onda de boatos sobre o “Caso Marielle”, tragédia brasileira de repercussão internacional.
É a mentira a serviço da negação do Estado de Direito e da Democracia.
Nº 146 | 25/03/18 | Pág. 2