Nº 148 - 21 de Maio de 2018 - Veiculação Quinzenal
 
 
 
 
 
 
 
 

UM PROJETO NACIONAL PARA A CULTURA BRASILEIRA

 
 
 
 
 
 

Entre os anos 1930 e 2000, o Brasil viveu o apogeu do processo de afirmação nacional de sua cultura, atravessando situações políticas diversas e muitas vezes adversas, alternando democracia e autoritarismo. Assim, a cultura produzida nessas sete décadas, apesar de tudo, conseguiu sair-se vitoriosa no balanço feito pela história, sendo hoje dada como importante referência. Pois foi exatamente a produção cultural desse período que tornou o Brasil um destaque em todo o mundo, notadamente em áreas como a arquitetura, a música, a literatura e o cinema, entre outras.   

 
 

Entre os anos 1930 e 2000, o Brasil viveu o apogeu do processo de afirmação nacional de sua cultura, atravessando situações políticas diversas e muitas vezes adversas, alternando democracia e autoritarismo. Assim, a cultura produzida nessas sete décadas, apesar de tudo, conseguiu sair-se vitoriosa no balanço feito pela história, sendo hoje dada como importante referência. Pois foi exatamente a produção cultural desse período que tornou o Brasil um destaque em todo o mundo, notadamente em áreas como a arquitetura, a música, a literatura e o cinema, entre outras.   

 
 
 
 
 
 
 
 

Até a década de 1870, quando começaram a ser visíveis os esboços de uma indústria cultural no Brasil, as atividades culturais dependiam basicamente do empenho de criadores e produtores abnegados, do apoio de eventuais mecenas e, mais raramente, das verbas concedidas pelo Império aos criadores e empreendedores de importância reconhecida.

 
 
 
 
 
 
 
 

Em 1932, o presidente Getúlio Vargas promulgou a primeira lei em apoio ao cinema brasileiro, precursora da atual cota de tela, embora então restrita aos filmes documentários; criou, em 1936, o Serviço do Patrimônio Histórico Nacional (atual IPHAN), onde teve colaboradores de grande expressão.

 
 
 
 
 
 
 
 

Inevitável constatar que foi entre os anos 1930-2000 que o Brasil criou, divulgou, consumiu e exportou o melhor de sua produção cultural, tanto em termos de expressões individuais como de iniciativas coletivas. Foi essa a época gloriosa de Villa Lobos, Pixinguinha, Sinhô, Caymmi de Ary Barroso, para só ficarmos no segmento musical.

 
 
 
 
 
 
 
 

Mas tudo isso – ou o que restou disso – está sendo desmontado de forma desorganizada, prejudicial e sem nenhum critério. Assim, o fazer cultural brasileiro, com as honrosas exceções de sempre, vem se afastando das questões urgentes e fundamentais à sociedade, preferindo adotar, como se cultura fosse, o verniz midiático e ligeiro dos discursos das corporações dominantes no chamado “mainstream”. A isso se vem reduzindo o debate cultural brasileiro em tempos recentes.

 
 
 
 
 
 
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