Nº 132 - 15 de Dezembro de 2016 - Veiculação Quinzenal
 
 
 
 
 
 
 
 
UM BALANÇO SEM CADÊNCIA
 
 
 
 
 
 

Cadência é um dos termos que há muito migraram da linguagem militar para a musical, notadamente no universo do samba. Significa, como todos sabemos, o mesmo que “ritmo”, ou melhor: ritmo que flui com suavidade, mais lento, agradável de ouvir e sentir.

 
 

Cadência é um dos termos que há muito migraram da linguagem militar para a musical, notadamente no universo do samba. Significa, como todos sabemos, o mesmo que “ritmo”, ou melhor: ritmo que flui com suavidade, mais lento, agradável de ouvir e sentir.

 
 
 
 
 
 
 
 
Desde sua fundação, em 1970, a AMAR vem procurando mostrar que as relações entre a indústria musical e a mídia eletrônica constituem um dos capítulos mais desfavoráveis do quadro cultural brasileiro. Visando auferir vantagens com a execução pública de seus catálogos e aproveitando-se, sobretudo, do desmesurado poder concedido aos veículos de comunicação (pela falta de uma política pública para a comunicação social, e de mecanismos informais para seu controle pela sociedade civil), a indústria musical estabelece com rádios e TVs uma relação quase sempre desprovida de qualquer lisura. E assim o espaço público da comunicação torna-se privatizado pela corrupção pecuniária.
 
 
 
 
 
 
 
 
Há já alguns anos, o Centro Popular de Cultura da União Metropolitana de Estudantes, de São Paulo, destaca-se como um dos núcleos irradiadores do melhor pensamento analítico sobre cultura de massas e indústria cultural no Brasil. Parceira da AMAR desde os primeiros tempos, em 2004 a entidade fixava posição irretocável e contundente sobre a questão da comercialização, no Brasil, de cópias falsificadas de suportes contendo fonogramas de obras musicais protegidas.
 
 
 
 
 
 
 
 
Um balanço da conjuntura no ano que se finda não poderia ser feito sem pelo menos uma menção à Lei 12.853/2013 que vem sendo, desde sua promulgação, o maior entrave ao bom desenvolvimento da gestão autoral musical no Brasil. Dos legados deixados pelos governos da República que sucederam ao atual ela foi, em nosso ambiente, o mais devastador, sem sombra de dúvida.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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