Nº 147 - 21 de Abril de 2018 - Veiculação Quinzenal

ASSEMBLEIA DISCUTE CRISE E PERSPECTIVAS

Reunida no último dia 11 de abril, a Assembleia Geral da AMAR aprovou o Relatório de Atividades referente ao exercício de 2017, apresentado pelo Conselho Deliberativo, no qual foram destacados os seguintes pontos: Primeiro, o documento mencionou duas questões que continuam afetando o funcionamento do sistema de gestão coletiva no Brasil, nos últimos anos. Referíamo-nos basicamente ao intervencionismo estatal no campo dos Direitos de Autor e à crise econômica causada pela inoperância dos últimos governos do país, que levaram a sociedade brasileira a dificuldades sem precedentes em sua história. A AMAR, como não poderia deixar de ser, teve suas atividades profundamente afetadas por quadro tão desalentador.

“O valor da vida deve estar acima de todas as coisas. Se não, acabamos sendo arrastados, como um cardume” (José Mujica, ex-presidente do Uruguai).

A função da AMAR é administrar a arrecadação e administração dos direitos de seus associados; não cabendo a nós fazer juízo de valores sobre os repertórios que geram esses direitos. Desde que os direitos sob nossos cuidados sejam inquestionáveis, nossa responsabilidade é cuidar bem deles, de modo que seus frutos pecuniários cheguem corretamente aos respectivos titulares.

A AMAR está articulando com a Fundação Instituto Cláudio Campos, de São Paulo, um seminário sobre Ação Cultural, para realização ainda neste semestre, no Rio, em local a ser confirmado. O encontro, sem nenhum caráter político-partidário, reunirá um “time de craques” do pensamento e da ação cultural para “bater uma bola” sobre um novo Modelo de Política Pública para a Cultura no Brasil. E isso em um clima absolutamente fraterno, com toda a objetividade, sem dispersões e assuntos paralelos – como se deve jogar o jogo da democracia.

Com o falecimento de Dona Ivone Lara, a música brasileira perde um de seus maiores nomes em todos os tempos e a AMAR uma das mais honrosas referências de seu quadro de associados. Sua entrada no universo da indústria fonografica deu-se na década de 1970, num momento em que o samba, matéria-prima de sua genialidade como autora e intérprete, resistia ao avanço da internacionalizacao e se renovava também, em iniciativas como a Noitada de Samba do Teatro Opinião e o primeiro disco da Velha Guarda da Portela.

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